Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, trabalha para emplacar Floriano Azevedo e Marques, seu amigo e colega de docência na USP, como ministro da corte eleitoral. O movimento, no entanto, gerou uma forte reação de mulheres que exercem funções relevantes na política.

Isso porque o ministro substituto mais antigo em atuação no tribunal é geralmente escolhido como sucessor da vaga aberta por magistrado titular que deixa a corte. Nesse caso, o natural seria a ministra Maria Cláudia Bucchianeri ascender à titularidade.

A articulação de Moraes em favor de seu amigo pode quebrar essa tradição.

A nomeação será feita pelo presidente Lula (PT) a partir de uma lista tríplice a ser eleita pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Um grupo formado por militantes e políticas cobra a nomeação de uma mulher para o espaço que irá abrir no próximo dia 17 com o final do mandato de Sérgio Banhos em 1 das 2 cadeiras do TSE reservadas à classe dos juristas.

Além do assento de Banhos, Moraes pretende emplacar outro aliado na vaga do ministro Carlos Horbach. O mandato dele também acaba nos próximos dias, mas, diferentemente do colega, Horbach poderia ser reconduzido para continuar no tribunal.

Como o atual ministro se posicionou a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados em julgamentos importantes, a sua permanência –que em última instância depende de indicação do Planalto– é dada como improvável.

Ambas as nomeações dos novos ministros têm importância porque serão votos fundamentais, por exemplo, no julgamento sobre a elegibilidade de Bolsonaro.

Por isso, Moraes trabalha para ampliar sua influência no tribunal, que presidirá até o meio do ano que vem. O plano dele é, mesmo depois de deixar a corte, manter aliados no tribunal e, consequentemente, sua influência nos debates eleitorais.

Para a vaga de Horbach, Moraes apoia o jurista Fabrício Medeiros. Ao contrário de Marques, ele tem amplo histórico de atuação no direito eleitoral. A preocupação dos movimentos feministas, porém, diz respeito à vaga de Banhos.

O fórum que reúne as responsáveis pelas alas femininas dos partidos políticos emitiu uma nota nesse sentido.

“Uma única mulher ocupou uma cadeira de titular no TSE pela classe dos juristas, a ministra Luciana Lóssio, cujo mandato encerrou em 2017. Decorridos seis anos, apenas homens ocuparam as cadeiras de ministro titular da Casa Maior da Democracia”, diz o texto.

“A presença de mulheres na Justiça Eleitoral é imprescindível para que as questões de gênero que movimentam esse ramo do Judiciário”, diz a nota, após afirmar que a tradição determina a titularização do ministro substituto mais antigo.

Antes disso, a Bancada Feminina do Congresso já havia se posicionado na mesma linha e enviado um ofício a ministros do Supremo para pleitear a nomeação de uma mulher para o cargo.

As parlamentares relataram ter recebido com “imensa preocupação” a suposta campanha de Moraes em defesa de Marques.

Também pediram que o critério de antiguidade da suplência para a ocupação das cadeiras do TSE não seja desconsiderado justamente no momento em que uma mulher tem a chance de ser nomeada.

Responsável pela indicação, Lula tem sofrido pressão de líderes mulheres do PT para não quebrar a tradição. Há o entendimento do grupo de que o ideal seria a nomeação de Bucchianeri. Caso haja resistência, elas defendem que seja escolhida outra mulher para o posto.

Por outro lado, o chefe do Executivo não pretende desagradar Moraes, que tem protagonizado os embates do STF e TSE com o bolsonarismo. O magistrado é visto no PT como o principal responsável no Judiciário por conter a ofensiva de Bolsonaro contra as instituições.

Além disso, o ministro conduziu a última eleição presidencial e o papel dele foi visto como fundamental para o regular funcionamento do pleito, em contraponto aos ataques do ex-presidente ao sistema eletrônico de votação.

Por isso, integrantes do Palácio do Planalto entendem que é necessário levar em consideração as indicações de Moraes. Primeiro, para manter boa relação com o magistrado. Segundo, por entender que a influência do ministro em eventuais futuros colegas pode pesar em julgamentos importantes.

A representatividade feminina, porém, também é vista como importante para Lula manter uma coerência no discurso de que apoia a ampliação de mulheres em espaços de poder. Esse debate também vem à tona em relação à vaga de Rosa Weber no STF, que ficará aberta no final do ano.

Há um movimento para que Lula escolha uma mulher a fim de não reduzir ainda mais a representatividade feminina na cúpula do Judiciário. Hoje, há duas mulheres na Suprema Corte (Rosa Weber e Cármen Lúcia) e oito homens.

MATHEUS TEIXEIRA / Folhapress

Moraes quer emplacar amigo no TSE, e Lula é pressionado a indicar uma mulher

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, trabalha para emplacar Floriano Azevedo e Marques, seu amigo e colega de docência na USP, como ministro da corte eleitoral. O movimento, no entanto, gerou uma forte reação de mulheres que exercem funções relevantes na política.

Isso porque o ministro substituto mais antigo em atuação no tribunal é geralmente escolhido como sucessor da vaga aberta por magistrado titular que deixa a corte. Nesse caso, o natural seria a ministra Maria Cláudia Bucchianeri ascender à titularidade.

- Advertisement -anuncio

A articulação de Moraes em favor de seu amigo pode quebrar essa tradição.

A nomeação será feita pelo presidente Lula (PT) a partir de uma lista tríplice a ser eleita pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Um grupo formado por militantes e políticas cobra a nomeação de uma mulher para o espaço que irá abrir no próximo dia 17 com o final do mandato de Sérgio Banhos em 1 das 2 cadeiras do TSE reservadas à classe dos juristas.

Além do assento de Banhos, Moraes pretende emplacar outro aliado na vaga do ministro Carlos Horbach. O mandato dele também acaba nos próximos dias, mas, diferentemente do colega, Horbach poderia ser reconduzido para continuar no tribunal.

Como o atual ministro se posicionou a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados em julgamentos importantes, a sua permanência –que em última instância depende de indicação do Planalto– é dada como improvável.

Ambas as nomeações dos novos ministros têm importância porque serão votos fundamentais, por exemplo, no julgamento sobre a elegibilidade de Bolsonaro.

Por isso, Moraes trabalha para ampliar sua influência no tribunal, que presidirá até o meio do ano que vem. O plano dele é, mesmo depois de deixar a corte, manter aliados no tribunal e, consequentemente, sua influência nos debates eleitorais.

Para a vaga de Horbach, Moraes apoia o jurista Fabrício Medeiros. Ao contrário de Marques, ele tem amplo histórico de atuação no direito eleitoral. A preocupação dos movimentos feministas, porém, diz respeito à vaga de Banhos.

O fórum que reúne as responsáveis pelas alas femininas dos partidos políticos emitiu uma nota nesse sentido.

“Uma única mulher ocupou uma cadeira de titular no TSE pela classe dos juristas, a ministra Luciana Lóssio, cujo mandato encerrou em 2017. Decorridos seis anos, apenas homens ocuparam as cadeiras de ministro titular da Casa Maior da Democracia”, diz o texto.

“A presença de mulheres na Justiça Eleitoral é imprescindível para que as questões de gênero que movimentam esse ramo do Judiciário”, diz a nota, após afirmar que a tradição determina a titularização do ministro substituto mais antigo.

Antes disso, a Bancada Feminina do Congresso já havia se posicionado na mesma linha e enviado um ofício a ministros do Supremo para pleitear a nomeação de uma mulher para o cargo.

As parlamentares relataram ter recebido com “imensa preocupação” a suposta campanha de Moraes em defesa de Marques.

Também pediram que o critério de antiguidade da suplência para a ocupação das cadeiras do TSE não seja desconsiderado justamente no momento em que uma mulher tem a chance de ser nomeada.

Responsável pela indicação, Lula tem sofrido pressão de líderes mulheres do PT para não quebrar a tradição. Há o entendimento do grupo de que o ideal seria a nomeação de Bucchianeri. Caso haja resistência, elas defendem que seja escolhida outra mulher para o posto.

Por outro lado, o chefe do Executivo não pretende desagradar Moraes, que tem protagonizado os embates do STF e TSE com o bolsonarismo. O magistrado é visto no PT como o principal responsável no Judiciário por conter a ofensiva de Bolsonaro contra as instituições.

Além disso, o ministro conduziu a última eleição presidencial e o papel dele foi visto como fundamental para o regular funcionamento do pleito, em contraponto aos ataques do ex-presidente ao sistema eletrônico de votação.

Por isso, integrantes do Palácio do Planalto entendem que é necessário levar em consideração as indicações de Moraes. Primeiro, para manter boa relação com o magistrado. Segundo, por entender que a influência do ministro em eventuais futuros colegas pode pesar em julgamentos importantes.

A representatividade feminina, porém, também é vista como importante para Lula manter uma coerência no discurso de que apoia a ampliação de mulheres em espaços de poder. Esse debate também vem à tona em relação à vaga de Rosa Weber no STF, que ficará aberta no final do ano.

Há um movimento para que Lula escolha uma mulher a fim de não reduzir ainda mais a representatividade feminina na cúpula do Judiciário. Hoje, há duas mulheres na Suprema Corte (Rosa Weber e Cármen Lúcia) e oito homens.

MATHEUS TEIXEIRA / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.