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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O escritor americano Cormac McCarthy morreu em sua casa na cidade de Santa Fe, nesta terça-feira, aos 89 anos, segundo a editora Knopf, que o publica em seu país.

McCarthy é conhecido como um dos renovadores da literatura americana, com romances mergulhados no niilismo e na violência, como “Meridiano de Sangue” e “Onde os Velhos Não Têm Vez”.

Foi premiado com o Pulitzer de ficção por “A Estrada”, romance pós-apocalíptico que avança seus principais temas, oferecendo um retrato desolador do futuro da humanidade por meio de um pai que vaga com seu filho por regiões desérticas.

É uma sinopse que se assemelha à de outros livros do autor, que explorou uma ambientação clássica da arte feita nos Estados Unidos, a aridez do meio-oeste, em busca de reflexões existenciais de profundidade marcante.

McCarthy não poupava o leitor de cenas sanguinolentas de tortura e decepamento de membros, por exemplo, uma depuração tanto de seu pessimismo quanto da pura fidelidade aos fatos que aconteciam nas jornadas de expansão das fronteiras do país, durante o século 19.

O escritor, contudo, nasceu em Rhode Island, a nordeste de Nova York, mas se aproximou da região que o consagraria para cursar faculdade no Tennessee.

Sua carreira começou nos anos 1960, mas a repercussão mais ampla só veio com “Meridiano de Sangue”, em 1985.

O livro não foi premiado como outros de sua carreira -“Todos os Belos Cavalos” levou o National Book Award nos anos 1990, por exemplo-, mas é considerado como sua principal obra por boa parte da crítica.

O antagonista, juiz Holden, virou um dos grandes personagens da literatura americana com sua faceta sádica e impiedosa, deixando um rastro de sangue pelo caminho enquanto compartilha reflexões filosóficas de alta voltagem com seus parceiros de jornada.

É um perfil que lembra o personagem mais famoso de McCarthy nas telas de cinema, Anton Chigurh, o assassino de aluguel interpretado por Javier Bardem na adaptação “Onde os Fracos Não Têm Vez”, dos irmãos Coen. “A Estrada” também ganhou os cinemas num filme elogiado e dirigido por John Hillcoat, com Viggo Mortensen.

O americano encerrou sua obra de 12 livros com um díptico, “O Passageiro” e “Stella Maris”, que mostra dois pontos de vista diferentes sobre a relação algo incestuosa de dois irmãos geniais que vivem à sombra da tragédia da bomba atômica.

Tão conhecido por seu talento quanto por seu perfil recluso, McCarthy não falava com jornalistas, e o último registro de que o autor tenha dado uma entrevista foi numa conversa com estudantes de um colégio, quando deu depoimentos turrões e divertidos sobre sua literatura.

WALTER PORTO / Folhapress

Morre Cormac McCarthy, escritor que renovou a literatura americana, aos 89

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O escritor americano Cormac McCarthy morreu em sua casa na cidade de Santa Fe, nesta terça-feira, aos 89 anos, segundo a editora Knopf, que o publica em seu país.

McCarthy é conhecido como um dos renovadores da literatura americana, com romances mergulhados no niilismo e na violência, como “Meridiano de Sangue” e “Onde os Velhos Não Têm Vez”.

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Foi premiado com o Pulitzer de ficção por “A Estrada”, romance pós-apocalíptico que avança seus principais temas, oferecendo um retrato desolador do futuro da humanidade por meio de um pai que vaga com seu filho por regiões desérticas.

É uma sinopse que se assemelha à de outros livros do autor, que explorou uma ambientação clássica da arte feita nos Estados Unidos, a aridez do meio-oeste, em busca de reflexões existenciais de profundidade marcante.

McCarthy não poupava o leitor de cenas sanguinolentas de tortura e decepamento de membros, por exemplo, uma depuração tanto de seu pessimismo quanto da pura fidelidade aos fatos que aconteciam nas jornadas de expansão das fronteiras do país, durante o século 19.

O escritor, contudo, nasceu em Rhode Island, a nordeste de Nova York, mas se aproximou da região que o consagraria para cursar faculdade no Tennessee.

Sua carreira começou nos anos 1960, mas a repercussão mais ampla só veio com “Meridiano de Sangue”, em 1985.

O livro não foi premiado como outros de sua carreira -“Todos os Belos Cavalos” levou o National Book Award nos anos 1990, por exemplo-, mas é considerado como sua principal obra por boa parte da crítica.

O antagonista, juiz Holden, virou um dos grandes personagens da literatura americana com sua faceta sádica e impiedosa, deixando um rastro de sangue pelo caminho enquanto compartilha reflexões filosóficas de alta voltagem com seus parceiros de jornada.

É um perfil que lembra o personagem mais famoso de McCarthy nas telas de cinema, Anton Chigurh, o assassino de aluguel interpretado por Javier Bardem na adaptação “Onde os Fracos Não Têm Vez”, dos irmãos Coen. “A Estrada” também ganhou os cinemas num filme elogiado e dirigido por John Hillcoat, com Viggo Mortensen.

O americano encerrou sua obra de 12 livros com um díptico, “O Passageiro” e “Stella Maris”, que mostra dois pontos de vista diferentes sobre a relação algo incestuosa de dois irmãos geniais que vivem à sombra da tragédia da bomba atômica.

Tão conhecido por seu talento quanto por seu perfil recluso, McCarthy não falava com jornalistas, e o último registro de que o autor tenha dado uma entrevista foi numa conversa com estudantes de um colégio, quando deu depoimentos turrões e divertidos sobre sua literatura.

WALTER PORTO / Folhapress

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