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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em meio à pressão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela redução dos juros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (27) que a taxa básica de juros (Selic) é um instrumento que precisa ser conduzido com credibilidade para criar condições favoráveis para a economia brasileira crescer.

“O que importa na economia não é a Selic, é o que a gente chama de condições financeiras, que é o total que eu tenho liquidez na economia. A Selic é um instrumento que, para gerar condições de liquidez, tem que ser conduzido com credibilidade”, disse Campos Neto em sessão de debate no Senado Federal.

O presidente do BC classificou a taxa básica como um “farol”, que necessita de confiança para poder iluminar o caminho, e ressaltou que a Selic sozinha não garante o crescimento da atividade econômica.

O chefe da autoridade monetária vem sendo alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de integrantes do governo devido ao nível elevado de juros no país –a Selic está fixada hoje em 13,75% ao ano– em meio a um cenário de desaceleração da atividade econômica e aumento da inadimplência.

Em sua apresentação, Campos Neto destacou que a inflação brasileira está abaixo da média na comparação com outros países, lembrando que o país foi um dos primeiros a subir juros. Ele disse ainda que a inflação de curto prazo tem caído lentamente e ressaltou que os núcleos continuam elevados.

“O Banco Central do Brasil foi um dos primeiros a subir a taxa de juros. A inflação hoje está abaixo da média do mundo desenvolvido e do emergente, com exceção da Ásia”, disse.

“Quando olhamos as curvas [de juros] futuras, elas começaram a mostrar uma inversão, começaram a melhorar, e com algumas medidas que o governo tem tomado elas têm seguido nessa trajetória de melhora. A inflação do curto prazo tem caído, mas muito lentamente”, acrescentou.

Segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta-feira (26), a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou o ritmo de alta em abril. No acumulado de 12 meses, o indicador ficou em 4,16%.

O índice voltou a ficar abaixo do teto da meta de inflação definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para este ano (4,75%). O alvo central para 2023 é 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Na avaliação de especialistas do mercado, a desaceleração da inflação não deve ser suficiente para alterar a decisão do BC de manter inalterada a Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Aos senadores, Campos Neto defendeu o regime de metas de inflação e a autonomia do BC, além de ter enaltecido o caráter social da atuação do órgão. Ele também disse que é preciso perseverar no processo de combate à inflação para assegurar estabilidade social no país.

“Precisamos ainda persistir no processo de garantir a estabilidade de preços, que é tão importante para os mais pobres. Não se consegue estabilidade social com inflação descontrolada”, afirmou.

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) também lideraram a discussão sobre juros, inflação e crescimento econômico –iniciativa sugerida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Entre os debatedores, participaram o ex-presidente do BC, Armínio Fraga, o ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Rodrigo Maia, os presidentes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney Ferreira, e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, e da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, além de outros especialistas.

As declarações de Campos Neto foram dadas durante o “silêncio do Copom”, período anterior e posterior às reuniões do colegiado do BC durante o qual seus membros devem evitar “ao máximo” declarações públicas. O próximo encontro está programado para os dias 2 e 3 de maio.

“Havendo excepcional necessidade de comunicação durante o silêncio do Copom, o presidente poderá realizar declarações públicas, na forma de entendimentos com os demais membros desse colegiado, procurando dar máxima publicidade”, diz a norma.

Assim como em suas mais recentes apresentações, Campos Neto defendeu o combate à inflação como instrumento social e o caráter técnico da tomada de decisão do Copom sobre a calibragem da taxa básica de juros.

O presidente do BC compareceu ao Congresso Nacional pela segunda vez nesta semana. Na última terça-feira (25), Campos Neto participou de uma audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) para dar explicações sobre o elevado patamar da Selic.

Nos últimos meses, Lula colocou pressão sobre Campos Neto, a quem se referiu como “esse cidadão”, gerou debate sobre a autonomia do BC e colocou em questão as metas de inflação definidas pelo CMN.

NATHALIA GARCIA E JOÃO GABRIEL / Folhapress

‘O que importa na economia não é a Selic’, diz Campos Neto

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em meio à pressão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela redução dos juros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (27) que a taxa básica de juros (Selic) é um instrumento que precisa ser conduzido com credibilidade para criar condições favoráveis para a economia brasileira crescer.

“O que importa na economia não é a Selic, é o que a gente chama de condições financeiras, que é o total que eu tenho liquidez na economia. A Selic é um instrumento que, para gerar condições de liquidez, tem que ser conduzido com credibilidade”, disse Campos Neto em sessão de debate no Senado Federal.

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O presidente do BC classificou a taxa básica como um “farol”, que necessita de confiança para poder iluminar o caminho, e ressaltou que a Selic sozinha não garante o crescimento da atividade econômica.

O chefe da autoridade monetária vem sendo alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de integrantes do governo devido ao nível elevado de juros no país –a Selic está fixada hoje em 13,75% ao ano– em meio a um cenário de desaceleração da atividade econômica e aumento da inadimplência.

Em sua apresentação, Campos Neto destacou que a inflação brasileira está abaixo da média na comparação com outros países, lembrando que o país foi um dos primeiros a subir juros. Ele disse ainda que a inflação de curto prazo tem caído lentamente e ressaltou que os núcleos continuam elevados.

“O Banco Central do Brasil foi um dos primeiros a subir a taxa de juros. A inflação hoje está abaixo da média do mundo desenvolvido e do emergente, com exceção da Ásia”, disse.

“Quando olhamos as curvas [de juros] futuras, elas começaram a mostrar uma inversão, começaram a melhorar, e com algumas medidas que o governo tem tomado elas têm seguido nessa trajetória de melhora. A inflação do curto prazo tem caído, mas muito lentamente”, acrescentou.

Segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta-feira (26), a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou o ritmo de alta em abril. No acumulado de 12 meses, o indicador ficou em 4,16%.

O índice voltou a ficar abaixo do teto da meta de inflação definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para este ano (4,75%). O alvo central para 2023 é 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Na avaliação de especialistas do mercado, a desaceleração da inflação não deve ser suficiente para alterar a decisão do BC de manter inalterada a Selic na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Aos senadores, Campos Neto defendeu o regime de metas de inflação e a autonomia do BC, além de ter enaltecido o caráter social da atuação do órgão. Ele também disse que é preciso perseverar no processo de combate à inflação para assegurar estabilidade social no país.

“Precisamos ainda persistir no processo de garantir a estabilidade de preços, que é tão importante para os mais pobres. Não se consegue estabilidade social com inflação descontrolada”, afirmou.

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) também lideraram a discussão sobre juros, inflação e crescimento econômico –iniciativa sugerida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Entre os debatedores, participaram o ex-presidente do BC, Armínio Fraga, o ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, Rodrigo Maia, os presidentes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney Ferreira, e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, e da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, além de outros especialistas.

As declarações de Campos Neto foram dadas durante o “silêncio do Copom”, período anterior e posterior às reuniões do colegiado do BC durante o qual seus membros devem evitar “ao máximo” declarações públicas. O próximo encontro está programado para os dias 2 e 3 de maio.

“Havendo excepcional necessidade de comunicação durante o silêncio do Copom, o presidente poderá realizar declarações públicas, na forma de entendimentos com os demais membros desse colegiado, procurando dar máxima publicidade”, diz a norma.

Assim como em suas mais recentes apresentações, Campos Neto defendeu o combate à inflação como instrumento social e o caráter técnico da tomada de decisão do Copom sobre a calibragem da taxa básica de juros.

O presidente do BC compareceu ao Congresso Nacional pela segunda vez nesta semana. Na última terça-feira (25), Campos Neto participou de uma audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) para dar explicações sobre o elevado patamar da Selic.

Nos últimos meses, Lula colocou pressão sobre Campos Neto, a quem se referiu como “esse cidadão”, gerou debate sobre a autonomia do BC e colocou em questão as metas de inflação definidas pelo CMN.

NATHALIA GARCIA E JOÃO GABRIEL / Folhapress

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