Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A voz de Astrud Gilberto, a intérprete da versão em inglês de “Garota de Ipanema”, foi o que permitiu que o mundo conhecesse a bossa nova. Mas, no início, ela sequer recebeu os créditos no disco original -e ganhou apenas US$ 120, o mínimo determinado pelo sindicato americano dos músicos, pela gravação.

A música em inglês foi lançada pela primeira vez no álbum Getz/Gilberto (1964), parceria de João Gilberto (então marido de Astrud) com o saxofonista americano Stan Getz. Segundo o biógrafo Ruy Castro, João Gilberto faturou US$ 23 mil com o álbum, enquanto Stan Getz embolsou quase um milhão de dólares.

“The Girl From Ipanema” era o grande hit do disco -tanto que, depois, a gravadora lançou um single com a música sem os vocais masculinos.

Segundo o jornal The Independent, Stan Getz se esforçou para que Astrud não recebesse os créditos pela música. O biógrafo Gene Lees afirma que, assim que ficou evidente que “The Girl From Ipanema” seria um sucesso, Getz ligou para o produtor Creed Taylor: “Creed achou que Stan estava ligando para garantir que Astrud recebesse parte dos royalties. Pelo contrário: ele queria que ela não recebesse nada”.

Stan Getz também dizia que foi ele quem convenceu Astrud a cantar: “Ela era só uma dona de casa na época, e eu a coloquei no disco porque queria que alguém cantasse uma versão em inglês de ‘Garota de Ipanema’ -e João não conseguia. ‘Ipanema’ foi um sucesso e ela deu sorte”, disse o saxofonista em entrevista à revista inglesa Jazz Professional em 1964.

Astrud Gilberto discordava. “É engraçado que, depois do meu sucesso, surgiram histórias de como Stan Getz e Creed Taylor ‘me descobriram’, quando na verdade nada está mais longe da verdade. Eu acho que isso os fez pareceram importantes, como se eles tivessem tido a ‘sabedoria’ de reconhecer potencial no meu canto. Acho que eu deveria me sentir lisonjeada pela importância que eles dão a isso, mas não consigo evitar me irritar que eles tenham apelado para mentiras”, disse em 1982, de acordo com seu site.

Mesmo sem sua parcela de reconhecimento pelo sucesso da música, a brasileira ficou famosa -mas como sex symbol. Marcelo, filho de Astrud e João Gilberto, a acompanhou numa turnê em Nova York e relembra a fama da mãe em entrevista ao The Independent:

“Eu estava no que provavelmente era a primeira coletiva de imprensa dela nos Estados Unidos, em Nova York. Era uma atmosfera muito Mad Men, basicamente uma sala cheia de homens. Eu era jovem na época, e uma hora a chamei de ‘mãe’. Eu me lembro claramente dos murmúrios pela sala. Eu havia destruído a ilusão: o sex symbol era mãe. Eu sabia que tinha aberto a cortina, e me senti horrível. A partir daí, passei a chamá-la de ‘Astrud’.”

Em 2002, Astrud anunciou que se afastaria da vida pública. Desde então, morou nos Estados Unidos com os filhos – segundo o The Independent, ela insistia que não sentia falta do medo de se apresentar em público, e nem da forma como era tratada pela indústria.

Redação / Folhapress

Por que Astrud Gilberto não recebeu crédito por ‘Garota de Ipanema’?

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A voz de Astrud Gilberto, a intérprete da versão em inglês de “Garota de Ipanema”, foi o que permitiu que o mundo conhecesse a bossa nova. Mas, no início, ela sequer recebeu os créditos no disco original -e ganhou apenas US$ 120, o mínimo determinado pelo sindicato americano dos músicos, pela gravação.

A música em inglês foi lançada pela primeira vez no álbum Getz/Gilberto (1964), parceria de João Gilberto (então marido de Astrud) com o saxofonista americano Stan Getz. Segundo o biógrafo Ruy Castro, João Gilberto faturou US$ 23 mil com o álbum, enquanto Stan Getz embolsou quase um milhão de dólares.

- Advertisement -anuncio

“The Girl From Ipanema” era o grande hit do disco -tanto que, depois, a gravadora lançou um single com a música sem os vocais masculinos.

Segundo o jornal The Independent, Stan Getz se esforçou para que Astrud não recebesse os créditos pela música. O biógrafo Gene Lees afirma que, assim que ficou evidente que “The Girl From Ipanema” seria um sucesso, Getz ligou para o produtor Creed Taylor: “Creed achou que Stan estava ligando para garantir que Astrud recebesse parte dos royalties. Pelo contrário: ele queria que ela não recebesse nada”.

Stan Getz também dizia que foi ele quem convenceu Astrud a cantar: “Ela era só uma dona de casa na época, e eu a coloquei no disco porque queria que alguém cantasse uma versão em inglês de ‘Garota de Ipanema’ -e João não conseguia. ‘Ipanema’ foi um sucesso e ela deu sorte”, disse o saxofonista em entrevista à revista inglesa Jazz Professional em 1964.

Astrud Gilberto discordava. “É engraçado que, depois do meu sucesso, surgiram histórias de como Stan Getz e Creed Taylor ‘me descobriram’, quando na verdade nada está mais longe da verdade. Eu acho que isso os fez pareceram importantes, como se eles tivessem tido a ‘sabedoria’ de reconhecer potencial no meu canto. Acho que eu deveria me sentir lisonjeada pela importância que eles dão a isso, mas não consigo evitar me irritar que eles tenham apelado para mentiras”, disse em 1982, de acordo com seu site.

Mesmo sem sua parcela de reconhecimento pelo sucesso da música, a brasileira ficou famosa -mas como sex symbol. Marcelo, filho de Astrud e João Gilberto, a acompanhou numa turnê em Nova York e relembra a fama da mãe em entrevista ao The Independent:

“Eu estava no que provavelmente era a primeira coletiva de imprensa dela nos Estados Unidos, em Nova York. Era uma atmosfera muito Mad Men, basicamente uma sala cheia de homens. Eu era jovem na época, e uma hora a chamei de ‘mãe’. Eu me lembro claramente dos murmúrios pela sala. Eu havia destruído a ilusão: o sex symbol era mãe. Eu sabia que tinha aberto a cortina, e me senti horrível. A partir daí, passei a chamá-la de ‘Astrud’.”

Em 2002, Astrud anunciou que se afastaria da vida pública. Desde então, morou nos Estados Unidos com os filhos – segundo o The Independent, ela insistia que não sentia falta do medo de se apresentar em público, e nem da forma como era tratada pela indústria.

Redação / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.