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(Inspirado na teoria de Ludimila Elias)

Bobagem imaginar que o Brasil não deu certo; o país continua sua rotina de incertezas e tolices de sempre. O Brasil, apesar da dimensão continental, não é para todos. É para alguns poucos, muitos endinheirados, gente que pode espirrar de alergia diante de notas de US$500. A plebe que habita sua periferia vive de teimosa e mal se dá conta do alto preço que é obrigada a pagar. Contenta-se em assistir a disputa, alisando minúsculas moedas de R$0,50. Nesse intervalo de classes sociais, pernoita a classe média – sem saber ao certo qual rumo, caminho ou atalho a ser tomado. Somam um bando de inadimplentes culturais, defendendo a riqueza dos poderosos e maldizendo a miséria dos esquecidos. Barrados no baile, fingem-se nada incomodados com a ascensão dos pobrinhos (quando isso acontece) e aliviados com o fortalecimento e robustez de fortunas alheias (o que é quase sempre).

Trabalhadores e sindicalistas prometem paralisar o país como protesto aos 3% de aumento nos impostos trabalhistas. Calma, não se apresse em ilações caseiras e nem festeje a coragem cívica. Estou falando da Inglaterra, onde 45 milhões de pessoas podem saborear um amplo, respeitado e funcional sistema de políticas públicas. Saúde e educação, por exemplo, funcionam tão bem ou melhor que o transporte coletivo. Enquanto isso, sem manifestação ou qualquer tipo de reação, assistimos calmamente à morte de quase 600 mil brasileiros, alguns por falta de vacinas, outros por ausência de oxigênio – todos por conta da inoperância, desprezo e descaso do Governo. Em vez de trabalhadores, quem sai às ruas são os patrões, fechando estradas, bloqueando transporte e (auto) festejando fake News. 

Não se trata de Síndrome de Vira-Latas; mas um reconhecimento dos últimos dias. Um presidente anuncia guerra, dispara festins e, no amanhecer seguinte, percebe que não tem munição nem mesmo para uma batalha de estilingue. A classe média que se horrorizou ao ver o porteiro de seu prédio passeando pelas ruas de Miami, mais uma vez finge não enxergar o óbvio e garante que nada aconteceu. Pobrinhos da periferia sentem a diferença: o osso roído que custava R$17 agora chega aos R$20 o quilo. A sopa dos miseráveis está mais cara. A fome, fonte maior da inanição, continua tão cruel quanto antes. Enquanto isso, ‘canalhas’ e ‘canalhadores’ trocam telefonemas, encontros secretos e selam os velhos acordos imorais.

E o que diz ou faz a classe média? Nada, a não ser justificar as regras da seita governante, a verdadeira dona do Poder; e fechar os olhos para o lado de baixo. E será assim enquanto os ossos ou outras sobras de feira não fizerem parte de seu cardápio. Portanto, resultado mais do que lógico imaginar que o Brasil deu certo: aqui o sucesso é para poucos, Educação para quem pode pagar; Saúde para afortunados e políticas públicas nem precisam sair do papel. Somos mesmo um país do faz-de-conta.

Um Brasil que deu certo

Foto: Agência Brasil / Amanda Perobelli

(Inspirado na teoria de Ludimila Elias)

Bobagem imaginar que o Brasil não deu certo; o país continua sua rotina de incertezas e tolices de sempre. O Brasil, apesar da dimensão continental, não é para todos. É para alguns poucos, muitos endinheirados, gente que pode espirrar de alergia diante de notas de US$500. A plebe que habita sua periferia vive de teimosa e mal se dá conta do alto preço que é obrigada a pagar. Contenta-se em assistir a disputa, alisando minúsculas moedas de R$0,50. Nesse intervalo de classes sociais, pernoita a classe média – sem saber ao certo qual rumo, caminho ou atalho a ser tomado. Somam um bando de inadimplentes culturais, defendendo a riqueza dos poderosos e maldizendo a miséria dos esquecidos. Barrados no baile, fingem-se nada incomodados com a ascensão dos pobrinhos (quando isso acontece) e aliviados com o fortalecimento e robustez de fortunas alheias (o que é quase sempre).

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Trabalhadores e sindicalistas prometem paralisar o país como protesto aos 3% de aumento nos impostos trabalhistas. Calma, não se apresse em ilações caseiras e nem festeje a coragem cívica. Estou falando da Inglaterra, onde 45 milhões de pessoas podem saborear um amplo, respeitado e funcional sistema de políticas públicas. Saúde e educação, por exemplo, funcionam tão bem ou melhor que o transporte coletivo. Enquanto isso, sem manifestação ou qualquer tipo de reação, assistimos calmamente à morte de quase 600 mil brasileiros, alguns por falta de vacinas, outros por ausência de oxigênio – todos por conta da inoperância, desprezo e descaso do Governo. Em vez de trabalhadores, quem sai às ruas são os patrões, fechando estradas, bloqueando transporte e (auto) festejando fake News. 

Não se trata de Síndrome de Vira-Latas; mas um reconhecimento dos últimos dias. Um presidente anuncia guerra, dispara festins e, no amanhecer seguinte, percebe que não tem munição nem mesmo para uma batalha de estilingue. A classe média que se horrorizou ao ver o porteiro de seu prédio passeando pelas ruas de Miami, mais uma vez finge não enxergar o óbvio e garante que nada aconteceu. Pobrinhos da periferia sentem a diferença: o osso roído que custava R$17 agora chega aos R$20 o quilo. A sopa dos miseráveis está mais cara. A fome, fonte maior da inanição, continua tão cruel quanto antes. Enquanto isso, ‘canalhas’ e ‘canalhadores’ trocam telefonemas, encontros secretos e selam os velhos acordos imorais.

E o que diz ou faz a classe média? Nada, a não ser justificar as regras da seita governante, a verdadeira dona do Poder; e fechar os olhos para o lado de baixo. E será assim enquanto os ossos ou outras sobras de feira não fizerem parte de seu cardápio. Portanto, resultado mais do que lógico imaginar que o Brasil deu certo: aqui o sucesso é para poucos, Educação para quem pode pagar; Saúde para afortunados e políticas públicas nem precisam sair do papel. Somos mesmo um país do faz-de-conta.

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