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Hoje é aniversário de Raimundo Fagner! O cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor musical cearense completa 74 anos hoje e nós preparamos uma matéria especial para homenagear a vida e obra desse grande ícone da nossa música popular brasileira.

Aproveite!

Foto: Evaldo Gomes/Divulgação

Fagner

Nascido Raimundo Fagner Cândido Lopes, em Fortaleza, no Ceará, no ano de 1949, o artista passou a infância e juventude no município de Orós.

Começou a cantar ainda criança e teve como referências grandes nomes da música brasileira como Luiz Gonzaga, Orlando Silva e Nelson Gonçalves. 

Aos seis anos, Fagner ganhou um concurso infantil na rádio local, a Ceará Rádio Clube, como melhor intérprete, cantando uma canção em homenagem ao Dia das Mães: Mamãezinha Querida, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal.

Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas.

Em 1968, venceu o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música Nada Sou, sua parceria com Marcus Francisco e tornou-se popular no estado em 1969, após participar de programas televisivos de auditório na TV Ceará.

O Pessoal do Ceará, a mudança de cidade e as primeiras gravações

A partir daí, Fagner passou a integrar – junto com outros grandes nomes como Belchior, Ednardo, Ricardo Bezerra e Fausto Nilo – o chamado Pessoal do Ceará, uma turma de jovens artistas e intelectuais cearenses que despontaram no cenário cultural brasileiro no início dos anos 70, dando origem a um dos mais importantes movimentos da música contemporânea do país.

Em 1969, junto com o grupo de música e arte cearense Capela Cristina, o artista fez uma turnê na Argentina e, em 1970, mudou-se para Brasília e iniciou o curso de Arquitetura na UnB (Universidade de Brasília).

Em 1971, Fagner inscreveu três  músicas  no  Festival  de  Música  Jovem, promovido  pelo  Centro  Estudantil  da Universidade de Brasília – CEUB.

Ficou em primeiro lugar com a canção Mucuripe (parceria com Belchior), e em sexto lugar com Manera Frufru, Manera (parceria com Ricardo Bezerra). Também ganhou o Prêmio Especial do Júri com Cavalo Ferro (outra parceria com Ricardo Bezerra), e os prêmios de Melhor Intérprete e Melhor Arranjo.

O ano de 1972

Após o Festival, Fagner viajou para o Rio de Janeiro e, no mesmo ano, mudou-se para São Paulo. A partir daí, sua música ganhou também muita visibilidade no Sudeste do Brasil. O ano de 1972 foi bastante significativo para o artista.

No início do ano, Elis Regina canta as canções Mucuripe e Noves Fora, ambas de Fagner e Belchior, em seu show É Elis, no Rio de Janeiro. Logo em seguida, ela gravou Mucuripe em seu disco Elis.

Na metade do ano, a mesma canção entrou no Disco de Bolso 2, compacto simples do jornal O Pasquim, com Fagner cantando acompanhado pelo cantor e compositor Ivan Lins no piano. Ainda em 1972, o Quarteto em Cy gravou Cavalo Ferro.

Também em 1972, Fagner participou do VII Festival Internacional da Canção, com a música Quatro Graus (parceria com Dedé Evangelista) e a música foi incluída no compacto simples e no LP Os Grandes Sucessos do FIC 72.

Ainda neste ano, Wilson Simonal gravou Noves Fora, no disco Se Dependesse de Mim, e a Philips lançou um compacto duplo com as músicas de Fagner:

  • Fim do Mundo (parceria com Fausto Nilo);
  • Cavalo de Ferro;
  • Quatro Graus;
  • e Amém, Amém.

O compacto teve a participação de Ivan Lins, que também lançou a canção Quarto Escuro (parceria sua com Fagner) em seu LP Quem Sou Eu?. 

Os primeiros álbuns de Fagner

Em 1973, Fagner lança o seu primeiro disco solo, Manera Fru Fru, Manera, que traz o grande sucesso Canteiros, música sua sobre o poema A Marcha, de Cecília Meireles. O LP teve a produção de Roberto Menescal e Fagner e arranjos de Ivan Lins.

O disco conta com a participação:

  • do percussionista Naná Vasconcelos;
  • de Nara Leão nas faixas Você (adaptação de Fagner para a letra de Hekel Mesquita)e Pé de Sonhos (de Petrúcio Maia e Brandão);
  • e o contra-baixista Bruce Henry participa da faixa Serenou na Madrugada (adaptação de Fagner para a canção tradicional). 

No mesmo ano, Fagner interpretou a música Joana Francesa, de Chico Buarque – junto com o cantor e compositor carioca – no filme Joana, a Francesa, de Cacá Diegues. Por conta do filme, Fagner foi à França e teve aulas de violão flamenco e canto.

Em 1975, o artista lançou o seu segundo álbum de estúdio, Ave Noturna, em que ele traz os sucessos:

  • da faixa-título (de Fagner e Cacá Diegues);
  • de A Palo Seco (de Belchior);
  • Riacho do Navio (de Luiz Gonzaga e Zé Dantas);
  • e Última Mentira (de Fagner e Capinan).

A canção Beco dos Baleiros (Papéis de Chocolate), de Petrúcio Maia e Brandão, desse mesmo disco, entrou para a trilha da novela Ovelha Negra, da TV Tupi, no mesmo ano. E o grande hit Fracassos (de Fagner), que também está neste disco, tornou-se trilha da novela Amor de Mãe, da Rede Globo, em 2019.

Em 1975, a crítica de São Paulo elegeu Fagner o Cantor do Ano. Mucuripe foi gravada por Roberto Carlos, e Elis Regina gravou Noves Fora em seu álbum Elis Especial.

Viva o nordeste! 

Em 1976, Fagner assinou com a gravadora CBS e lançou o disco Raimundo Fagner, considerado pela crítica um dos melhores discos do ano e que traz sucessos como:

  • Sinal Fechado (de Paulinho da Viola);
  • Asa Partida (de Fagner e Abel Silva);
  • e Abc (de Fagner e Fausto Nilo).

Ao assinar com a CBS, Fagner exige ser contratado também como produtor e, assim, ajuda a lançar vários nomes do Nordeste brasileiro, incluindo Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Robertinho de Recife. A gravadora passou a conter tantos artistas nordestinos e, principalmente, cearenses, que foi apelidada de “Cearenses Bem-Sucedidos”.

Em 1977, Raimundo Fagner lançou o disco Orós, com arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal. O disco é um mergulho em suas origens interioranas, passeando pela linguagem peculiar nordestina e uma ênfase à sonoridade brasileira. Retrata o bucolismo interiorano da cidade em que Fagner cresceu, o drama da seca e o medo da chuva. 

Entre as principais canções:

  • a faixa-título e Cinza (ambas de Fagner);
  • Romanza (de Fagner, Belchior e Fausto Nilo);
  • e Fofoca (de Hermeto Pascoal).

O disco conta com a participação de Robertinho do Recife e Dominguinhos.

Em 1978, foi a vez do álbum Eu Canto – Quem Viver Chorará, que traz o instrumental da faixa-título, composto por Fagner;

  • As Rosas Não Falam (de Cartola);
  • Jura Secreta (de Sueli Costa e Abel Silva);
  • Revelação (de Clodô e Clésio);
  • Pelo Vinho e Pelo Pão (de Zé Ramalho);
  • e Punhal de Prata (de Alceu Valença e com a participação do pernambucano).

O disco foi um sucesso e vendeu mais de um milhão de cópias até os dias de hoje.

Em 1979, Fagner lançou o disco Beleza, que conta com os sucessos:

  • Noturno (de Graco e Caio Silvio, que tornou-se tema de abertura da novela Coração Alado, no ano seguinte);
  • Asas (de Fagner e Abel Silva);
  • e Mulher (de Fagner e Capinan).

O álbum foi dedicado à irmã do cantor, Elizete, vítima de um acidente de automóvel em março de 1979.

Também em 1979, Fagner venceu o Festival 79 da MPB, realizado pela TV Tupi, interpretando a canção Quem Me Levará Sou Eu, de Dominguinhos e Manduka

Auge nos anos 80

O primeiro LP dos anos 1980 é Raimundo Fagner – Eternas Ondas, que conta – na parte instrumental – com nomes como Zé Ramalho, Dominguinhos e Naná Vasconcelos.

No disco, Fagner faz uma versão, com ajuda de Frederico Mendes, do clássico de John Lennon e Yoko Ono, Oh My Love, do álbum Imagine, de 1971. 

Aproveitando o auge de Fagner em sua carreira,  em 1980, a gravadora Continental lançou o disco Juntos – Fagner e Belchior, uma compilação com faixas do disco Ave Noturna, o único de Fagner lançado pela gravadora.

Em 1981, Fagner produziu e gravou – na Espanha – o álbum Traduzir-se, um grande marco em sua carreira. O disco foi lançado em toda a Europa e América Latina. Dedicado a Glauber Rocha e com poemas de Ferreira Gullar, Florbela Espanca, García Lorca e Rafael Alberti, o disco tem as participações de famosos intérpretes da música latina, como:

  • Mercedes Sosa;
  • Manzanita;
  • Joan Manoel Serrat;
  • e Camarón de La Isla.

O nome de Fagner é incluído, inclusive, na lista dos maiores cantores de música latina, principalmente por suas parcerias com outros músicos latinos não-brasileiros. Entre as canções do disco:

  • Trianera (de Fagner e Fausto Nilo);
  • Flor do Algodão (de Manassés e Fagner);
  • e Traduzirse (de Fagner e Ferreira Gullar).

Também em 1981, o artista lançou um álbum em espanhol, com versões de seus maiores sucessos: Canta En Español.

Em 1982, Fagner lançou o disco Sorriso Novo, que tem poemas de Fernando Pessoa e Florbela Espanca musicados por ele, como as canções:

  • Qualquer Música;
  • Fumo;
  • e Tortura.

A gravação de Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora), de Gonzaguinha, foi tema da novela Voltei pra Você, no ano seguinte.

Em 1983, durante a Copa do Mundo de Futebol na Espanha, Fagner se apresentou com Camarón de La Isla para milhares de pessoas na Plaza de España, em Sevilha. Iniciou por lá a produção e gravação do LP Homenagem a Picasso, com poemas do famoso poeta espanhol Rafael Alberti, dedicados ao pintor Pablo Picasso. 

Também em 1983, Fagner lançou Palavra de Amor, disco que tem a participação:

  • do grupo Roupa Nova (na faixa-título, de Manassés e Fausto Nilo);
  • e de Chico Buarque (na canção Contigo, de Fagner e Ferreira Gullar).

Em 1984, o artista produziu e lançou o disco Luiz Gonzaga e Fagner, com sucessos como:

  • Baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira);
  • Xote das Meninas;
  • e São João na Roça (ambas de Luiz Gonzaga e Zé Dantas);
  • Olha Pro Céu (Luiz Gonzaga e José Fernandes);
  • Súplica Cearense (Gordurinha e Nelinho);
  • e Sangue Nordestino (Luiz Guimarães).

Ainda em 1984, o cearense lançou o álbum A Mesma Pessoa, com sucessos como:

  • Só Você (de Vinícius Cantuária);
  • Bola de Cristal e a faixa-título (ambas parcerias com Fausto Nilo).

Em 1985, lançou o disco Fagner – Deixa Viver, que conta com as canções:

  • Paroara (de Fagner, Fausto Nilo e Chico Buarque, com a participação de Chico);
  • Contra-mão (de Fagner e Belchior, com a participação de Cazuza);
  • e Te Esperei (de Gerbera e Capinan, com a participação de Beth Carvalho);
  • além de Semente, poema de Mário de Andrade musicado por Fagner.

Ainda em 1985, ao lado da banda Blitz e de Gonzaguinha, Fagner participou do 12º Festival Mundial da Juventude, realizado em Moscou.

Em 1986, comemorando o quinquagésimo aniversário da morte do poeta espanhol Federico García Lorca, a CBS lançou mundialmente o LP Poets In New York, com a participação de grandes nomes da música internacional. Chico Buarque foi convidado para fazer a versão em português do poema La Aurora (A Aurora) e Fagner compôs a melodia e interpretou a música.

Fagner – A Lua do Leblon

Também em 1986, o artista lançou o seu primeiro disco pela gravadora RCA, com o nome de Fagner – A Lua do Leblon. Entre as canções:

  • Telefone (de Fagner);
  • Como é Grande o Meu Amor por Você (de Roberto Carlos);
  • Forró do Gonzaguinha (de Gonzaguinha e com a participação do artista);
  • Dona da Minha Cabeça (de Geraldo Azevedo e Fausto Nilo);
  • e Sabiá (de Luiz Gonzaga e Zé Dantas).

Com este álbum, Fagner ganhou disco de platina. 

Já o álbum Romance no Deserto, de 1987, alcançou mais de um milhão de cópias vendidas e foi lançado também nos EUA. Entre as canções estão:

  • o super hit Deslizes (de Michael Sullivan e Paulo Massadas);
  • À Sombra de Um Vulcão e Paraíso Proibido (ambas de Fagner e Fausto Nilo);
  • Preguiça (de Gonzaguinha);
  • e Chorar é Preciso (de Moraes Moreira).

Romance No Deserto é uma versão de Fausto Nilo para a canção Romance In Durango, de Bob Dylan e Jacques Levy).

Também em 1987, Fagner e a atriz cearense Florinda Bolkan formam o casal de protagonistas da minissérie A Rainha da Vida, da TV Manchete. Fagner foi também responsável pela trilha sonora da história de 15 capítulos.

Em 1988, Fagner repetiu a parceria com Luiz Gonzaga, com o disco ABC do Sertão – Gonzagão e Fagner 2. Entre os sucessos:

  • ABC do Sertão;
  • Vem Morena;
  • Vozes da Seca;
  • e Noites Brasileiras (todas de Gonzagão e Zé Dantas e a última com a participação de Gonzaguinha).

Em 1989, Fagner lançou o disco O Quinze, que recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Álbum do Ano e vendeu mais de 500 mil cópias. Entre as canções:

  • Cidade Nua e Retrovisor (ambas de Fagner e Fausto Nilo);
  • As Dores do Mundo (de Hyldon);
  • e Tortura de Amor (de Waldick Soriano), além da participação de Chico Buarque, em Joana Francesa.

Mais sucessos nos anos 90

Em 1991, Fagner lançou o disco Pedras Que Cantam, que traz dois dos maiores sucessos de sua carreira: a faixa-título (de Dominguinhos e Fausto Nilo, que tornou-se a abertura da novela Pedra sobre Pedra) e Borbulhas de Amor (Tenho um Coração), versão adaptada da música Borbujas de Amor, do cantor dominicano Juan Luis Guerra.

O álbum também traz a clássica Cabecinha no Ombro (de Paulo Borges e com a participação de Roberta Miranda, que também entrou para a trilha da mesma novela).

A canção Somos Todos Índios (de Vinícius Cantuária e Evandro Mesquita) entrou para a trilha da minissérie Amazônia, da Rede Globo, no mesmo ano. O disco também traz a participação do grupo Roupa Nova, na faixa Rio Deserto (de Moraes Moreira e Beu Machado). O álbum ganhou disco de ouro.

Em 1993, Fagner lançou o disco Demais, em que revive os principais clássicos da Bossa Nova, com versões de canções como:

  • Eu Sei Que Vou Te Amar (de Vinicius de Moraes e Tom Jobim);
  • Minha Namorada (de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra);
  • Ronda (de Paulo Vanzolini);
  • João Valentão (de Dorival Caymmi);
  • Nunca (de Lupicínio Rodrigues); e
  • Dindi (de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira).

No ano seguinte, o artista lançou o disco Caboclo Sonhador, desta vez com clássicos do forró, com versões de canções como:

  • Falsa Folia (de Dominguinhos e Nando Cordel);
  • Baião da Garoa (de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil;
  • e Nos Tempos de Menino (de Maciel Melo)

Em 1995, Fagner participou – como artista plástico – de uma exposição no Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, em Brasília. Passou a viver em Fortaleza e lançou o disco Retrato, que recupera canções do fim dos anos 1970, ainda não gravadas por Fagner, como:

  • Chorei Por Você (parceria com Fausto Nilo);
  • Distância (parceria com Guilherme de Brito) e Melhores Dias (com Abel Silva).

Em 1996, lançou o disco Pecado Verde, que traz:

  • a faixa-título (parceria com Nilo);
  • Apaixonadamente (de Francis e Stélio Valle);
  • Recusa (de Herivelto Martins);
  • Autonomia (de Cartola);
  • e Pra Quem Não Tem Amor (de Fagner e Abel Silva).

Em 1997, foi a vez de Terral, álbum que traz canções como:

  • a faixa-título (de Ednardo);
  • Volta, Morena (de João Lyra e Paulo César Pinheiro);
  • Forró Do Chic-tak (de Pinto do Acordeon e Aracílio Araújo, com participação de Elba Ramalho);
  • e o super hit em sua voz, Espumas Ao Vento (de Accioly Neto).

Em 1998, para comemorar os seus 25 anos de carreira, Fagner lançou o CD duplo e DVD Amigos e Canções, com participações de Angela Maria, Chico Buarque, Djavan, Emílio Santiago, Fábio Jr, Fafá de Belém, Ivan Lins, Joanna, Luiz Melodia, Milton Nascimento, Nana Caymmi, Ney Matogrosso e Zezé di Camargo & Luciano.

São regravações dos grandes sucessos de sua trajetória, além da inédita: Horas Azuis (parceria com Fausto Nilo).

Anos 2000

No ano 2000, foi inaugurada a Fundação Social Raimundo Fagner, que realiza trabalhos sociais e recebeu prêmios como o Itaú/UNICEF, Cultura Viva e Criança Esperança. No mesmo ano, o artista lançou o álbum Raimundo Fagner Ao Vivo, com mais regravações de sucessos consagrados de sua carreira.

Em 2001, foi a vez do disco Fagner, que traz parcerias do artista com:

  • Zeca Baleiro (Tempestade, Outra Era e A Tua Boca, essa última também tem Capinan como compositor);
  • com Cazuza (Olhar Matreiro);
  • com Abel Silva (Cor Invisível);
  • e com Fausto Nilo (O Vinho).

A canção Muito Amor (de São Beto) entrou para a trilha da novela Esperança.

A parceria de Fagner e Zeca Baleiro rendeu, em 2003, um álbum de estúdio e um DVD ao vivo, com o título Raimundo Fagner & Zeca Baleiro, além de uma série de shows pelo Brasil. Entre as canções de imenso sucesso:

  • Dezembros (dos dois artistas com Fausto Nilo, que entrou para a trilha da novela Da Cor do Pecado);
  • Hotel à Beira-mar e Balada de Agosto (ambas de Fagner e Baleiro);
  • e Palavras e Silêncios (de Zeca e Nilo).

Em 2004, Fagner lançou o disco Donos do Brasil, que traz o super sucesso Faz de Conta (de Roberto Mendes e Herculano Neto, que entrou para a trilha da novela Como Uma Onda), além de:

  • Todo Seu Querer (de Roberto Mendes e Capinan, que entrou para a trilha da novela Alma Gêmea);
  • O Bicho Homem e Esse Ouro Vale Tolo (de Fagner e Francisco Carvalho);
  • Nome de Estrela (de Fagner e Capinan);
  • e Donos do Brasil (parceria com Nonato Luiz e Paulinho Tapajós).

Também em 2004, o cearense lançou o DVD Raimundo Fagner Ao Vivo, com grandes sucessos de sua carreira.

Em 2007, o álbum Fortaleza destaca as canções:

  • a faixa-título e Amor e Utopia (ambas parcerias com Fausto Nilo);
  • Colando a Boca no Teu Rosto (de Mirabô Dantas e Capinan, com a participação de Zeca Baleiro);
  • e Fácil De Entender (de Jorge Vercillo, com a participação dele e de Paulo Façanha).

Em 2009, foi a vez do disco Uma Canção no Rádio, que traz canções como a faixa-título, parceria com Baleiro e com a participação dele, Martelo (de Oliveira Do Ceará, Adamar e Gabriel O Pensador, com a participação de Gabriel); e Farinha Comer, uma parceria de Fagner e Chico César.

E ele não pára!

Em 2011, Fagner foi considerado um dos 30 cearenses mais influentes do ano, de acordo com uma enquete realizada pela revista Fale!.

Em 2014, lançou o CD e DVD Fagner e Zé Ramalho Ao Vivo. Os dois artistas já haviam lançado algumas parcerias ao longo de suas carreiras, como Garrote Ferido e Filhos do Câncer, mas nunca tinham lançado juntos um disco completo. 

O álbum traz o registro ao vivo de shows realizados no Theatro Net Rio, onde a apresentação era dividida em duas partes. Na primeira, os dois músicos estão sozinhos com seus violões interpretando alguns de seus mais famosos trabalhos, como Asa Partida e Chão de Giz.

Em seguida, entra a banda para tocar outros sucessos, como Pedras que Cantam e Kamikaze. A produção é de Robertinho de Recife.

Também em 2014, Raimundo Fagner lançou o disco de inéditas Pássaros Urbanos, que traz canções como:

  • Versos Ardentes e Balada Fingida (ambas de Fagner e Fausto Nilo);
  • Toda Luz e Samba Nordestino (ambas parcerias com Zeca Baleiro e a última com a participação do artista);
  • e Paralelas (de Belchior).

Em 2020, o álbum Serenata traz uma seleção de serestas e clássicos da música popular, gravados originalmente por grandes vozes da Era do Rádio. A faixa-título (de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa) traz a colaboração especial de Fagner com Nelson Gonçalves, feita com ajuda da tecnologia, tendo como base a voz original da gravação que Nelson lançou em 1991. 

Além dela:

  • As Rosas Não Falam (de Cartola);
  • Serenata do Adeus (de Vinicius de Moraes);
  • Rosa (de Pixinguinha);
  • e Valsinha (de Chico Buarque e Vinicius de Moraes), além da sua famosa parceria com Belchior, Mucuripe.

Também em 2020, Fagner lançou – em formato digital e junto com Zeca Baleiro –  o disco Raimundo Fagner e Zeca Baleiro – Ao vivo em Brasília, 2002. A apresentação em Brasília foi descoberta por acaso e gerou o álbum ao vivo com 10 números do show e duas faixas-bônus gravadas em estúdio.

Em 2021, o cearense gravou um álbum em parceria com a cantora paraibana Elba Ramalho, chamado Festa, em que celebram a música de Luiz Gonzaga.

No ano seguinte, Fagner lançou um álbum em parceria com Renato Teixeira, que traz músicas das carreiras dos dois artistas que celebram a natureza.

Seu lançamento mais recente foi o álbum Meu Parceiro Belchior, em homenagem ao conterrâneo, amigo e parceiro.

Feliz aniversário, Fagner!

Por: Lívia Nolla

Aniversário de Fagner: a vida, obra e maiores sucessos do artista cearense

Hoje é aniversário de Raimundo Fagner! O cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor musical cearense completa 74 anos hoje e nós preparamos uma matéria especial para homenagear a vida e obra desse grande ícone da nossa música popular brasileira.

Aproveite!

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Foto: Evaldo Gomes/Divulgação

Fagner

Nascido Raimundo Fagner Cândido Lopes, em Fortaleza, no Ceará, no ano de 1949, o artista passou a infância e juventude no município de Orós.

Começou a cantar ainda criança e teve como referências grandes nomes da música brasileira como Luiz Gonzaga, Orlando Silva e Nelson Gonçalves. 

Aos seis anos, Fagner ganhou um concurso infantil na rádio local, a Ceará Rádio Clube, como melhor intérprete, cantando uma canção em homenagem ao Dia das Mães: Mamãezinha Querida, de Getúlio Macedo e Lourival Faissal.

Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas.

Em 1968, venceu o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música Nada Sou, sua parceria com Marcus Francisco e tornou-se popular no estado em 1969, após participar de programas televisivos de auditório na TV Ceará.

O Pessoal do Ceará, a mudança de cidade e as primeiras gravações

A partir daí, Fagner passou a integrar – junto com outros grandes nomes como Belchior, Ednardo, Ricardo Bezerra e Fausto Nilo – o chamado Pessoal do Ceará, uma turma de jovens artistas e intelectuais cearenses que despontaram no cenário cultural brasileiro no início dos anos 70, dando origem a um dos mais importantes movimentos da música contemporânea do país.

Em 1969, junto com o grupo de música e arte cearense Capela Cristina, o artista fez uma turnê na Argentina e, em 1970, mudou-se para Brasília e iniciou o curso de Arquitetura na UnB (Universidade de Brasília).

Em 1971, Fagner inscreveu três  músicas  no  Festival  de  Música  Jovem, promovido  pelo  Centro  Estudantil  da Universidade de Brasília – CEUB.

Ficou em primeiro lugar com a canção Mucuripe (parceria com Belchior), e em sexto lugar com Manera Frufru, Manera (parceria com Ricardo Bezerra). Também ganhou o Prêmio Especial do Júri com Cavalo Ferro (outra parceria com Ricardo Bezerra), e os prêmios de Melhor Intérprete e Melhor Arranjo.

O ano de 1972

Após o Festival, Fagner viajou para o Rio de Janeiro e, no mesmo ano, mudou-se para São Paulo. A partir daí, sua música ganhou também muita visibilidade no Sudeste do Brasil. O ano de 1972 foi bastante significativo para o artista.

No início do ano, Elis Regina canta as canções Mucuripe e Noves Fora, ambas de Fagner e Belchior, em seu show É Elis, no Rio de Janeiro. Logo em seguida, ela gravou Mucuripe em seu disco Elis.

Na metade do ano, a mesma canção entrou no Disco de Bolso 2, compacto simples do jornal O Pasquim, com Fagner cantando acompanhado pelo cantor e compositor Ivan Lins no piano. Ainda em 1972, o Quarteto em Cy gravou Cavalo Ferro.

Também em 1972, Fagner participou do VII Festival Internacional da Canção, com a música Quatro Graus (parceria com Dedé Evangelista) e a música foi incluída no compacto simples e no LP Os Grandes Sucessos do FIC 72.

Ainda neste ano, Wilson Simonal gravou Noves Fora, no disco Se Dependesse de Mim, e a Philips lançou um compacto duplo com as músicas de Fagner:

  • Fim do Mundo (parceria com Fausto Nilo);
  • Cavalo de Ferro;
  • Quatro Graus;
  • e Amém, Amém.

O compacto teve a participação de Ivan Lins, que também lançou a canção Quarto Escuro (parceria sua com Fagner) em seu LP Quem Sou Eu?. 

Os primeiros álbuns de Fagner

Em 1973, Fagner lança o seu primeiro disco solo, Manera Fru Fru, Manera, que traz o grande sucesso Canteiros, música sua sobre o poema A Marcha, de Cecília Meireles. O LP teve a produção de Roberto Menescal e Fagner e arranjos de Ivan Lins.

O disco conta com a participação:

  • do percussionista Naná Vasconcelos;
  • de Nara Leão nas faixas Você (adaptação de Fagner para a letra de Hekel Mesquita)e Pé de Sonhos (de Petrúcio Maia e Brandão);
  • e o contra-baixista Bruce Henry participa da faixa Serenou na Madrugada (adaptação de Fagner para a canção tradicional). 

No mesmo ano, Fagner interpretou a música Joana Francesa, de Chico Buarque – junto com o cantor e compositor carioca – no filme Joana, a Francesa, de Cacá Diegues. Por conta do filme, Fagner foi à França e teve aulas de violão flamenco e canto.

Em 1975, o artista lançou o seu segundo álbum de estúdio, Ave Noturna, em que ele traz os sucessos:

  • da faixa-título (de Fagner e Cacá Diegues);
  • de A Palo Seco (de Belchior);
  • Riacho do Navio (de Luiz Gonzaga e Zé Dantas);
  • e Última Mentira (de Fagner e Capinan).

A canção Beco dos Baleiros (Papéis de Chocolate), de Petrúcio Maia e Brandão, desse mesmo disco, entrou para a trilha da novela Ovelha Negra, da TV Tupi, no mesmo ano. E o grande hit Fracassos (de Fagner), que também está neste disco, tornou-se trilha da novela Amor de Mãe, da Rede Globo, em 2019.

Em 1975, a crítica de São Paulo elegeu Fagner o Cantor do Ano. Mucuripe foi gravada por Roberto Carlos, e Elis Regina gravou Noves Fora em seu álbum Elis Especial.

Viva o nordeste! 

Em 1976, Fagner assinou com a gravadora CBS e lançou o disco Raimundo Fagner, considerado pela crítica um dos melhores discos do ano e que traz sucessos como:

  • Sinal Fechado (de Paulinho da Viola);
  • Asa Partida (de Fagner e Abel Silva);
  • e Abc (de Fagner e Fausto Nilo).

Ao assinar com a CBS, Fagner exige ser contratado também como produtor e, assim, ajuda a lançar vários nomes do Nordeste brasileiro, incluindo Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Robertinho de Recife. A gravadora passou a conter tantos artistas nordestinos e, principalmente, cearenses, que foi apelidada de “Cearenses Bem-Sucedidos”.

Em 1977, Raimundo Fagner lançou o disco Orós, com arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal. O disco é um mergulho em suas origens interioranas, passeando pela linguagem peculiar nordestina e uma ênfase à sonoridade brasileira. Retrata o bucolismo interiorano da cidade em que Fagner cresceu, o drama da seca e o medo da chuva. 

Entre as principais canções:

  • a faixa-título e Cinza (ambas de Fagner);
  • Romanza (de Fagner, Belchior e Fausto Nilo);
  • e Fofoca (de Hermeto Pascoal).

O disco conta com a participação de Robertinho do Recife e Dominguinhos.

Em 1978, foi a vez do álbum Eu Canto – Quem Viver Chorará, que traz o instrumental da faixa-título, composto por Fagner;

  • As Rosas Não Falam (de Cartola);
  • Jura Secreta (de Sueli Costa e Abel Silva);
  • Revelação (de Clodô e Clésio);
  • Pelo Vinho e Pelo Pão (de Zé Ramalho);
  • e Punhal de Prata (de Alceu Valença e com a participação do pernambucano).

O disco foi um sucesso e vendeu mais de um milhão de cópias até os dias de hoje.

Em 1979, Fagner lançou o disco Beleza, que conta com os sucessos:

  • Noturno (de Graco e Caio Silvio, que tornou-se tema de abertura da novela Coração Alado, no ano seguinte);
  • Asas (de Fagner e Abel Silva);
  • e Mulher (de Fagner e Capinan).

O álbum foi dedicado à irmã do cantor, Elizete, vítima de um acidente de automóvel em março de 1979.

Também em 1979, Fagner venceu o Festival 79 da MPB, realizado pela TV Tupi, interpretando a canção Quem Me Levará Sou Eu, de Dominguinhos e Manduka

Auge nos anos 80

O primeiro LP dos anos 1980 é Raimundo Fagner – Eternas Ondas, que conta – na parte instrumental – com nomes como Zé Ramalho, Dominguinhos e Naná Vasconcelos.

No disco, Fagner faz uma versão, com ajuda de Frederico Mendes, do clássico de John Lennon e Yoko Ono, Oh My Love, do álbum Imagine, de 1971. 

Aproveitando o auge de Fagner em sua carreira,  em 1980, a gravadora Continental lançou o disco Juntos – Fagner e Belchior, uma compilação com faixas do disco Ave Noturna, o único de Fagner lançado pela gravadora.

Em 1981, Fagner produziu e gravou – na Espanha – o álbum Traduzir-se, um grande marco em sua carreira. O disco foi lançado em toda a Europa e América Latina. Dedicado a Glauber Rocha e com poemas de Ferreira Gullar, Florbela Espanca, García Lorca e Rafael Alberti, o disco tem as participações de famosos intérpretes da música latina, como:

  • Mercedes Sosa;
  • Manzanita;
  • Joan Manoel Serrat;
  • e Camarón de La Isla.

O nome de Fagner é incluído, inclusive, na lista dos maiores cantores de música latina, principalmente por suas parcerias com outros músicos latinos não-brasileiros. Entre as canções do disco:

  • Trianera (de Fagner e Fausto Nilo);
  • Flor do Algodão (de Manassés e Fagner);
  • e Traduzirse (de Fagner e Ferreira Gullar).

Também em 1981, o artista lançou um álbum em espanhol, com versões de seus maiores sucessos: Canta En Español.

Em 1982, Fagner lançou o disco Sorriso Novo, que tem poemas de Fernando Pessoa e Florbela Espanca musicados por ele, como as canções:

  • Qualquer Música;
  • Fumo;
  • e Tortura.

A gravação de Guerreiro Menino (Um Homem Também Chora), de Gonzaguinha, foi tema da novela Voltei pra Você, no ano seguinte.

Em 1983, durante a Copa do Mundo de Futebol na Espanha, Fagner se apresentou com Camarón de La Isla para milhares de pessoas na Plaza de España, em Sevilha. Iniciou por lá a produção e gravação do LP Homenagem a Picasso, com poemas do famoso poeta espanhol Rafael Alberti, dedicados ao pintor Pablo Picasso. 

Também em 1983, Fagner lançou Palavra de Amor, disco que tem a participação:

  • do grupo Roupa Nova (na faixa-título, de Manassés e Fausto Nilo);
  • e de Chico Buarque (na canção Contigo, de Fagner e Ferreira Gullar).

Em 1984, o artista produziu e lançou o disco Luiz Gonzaga e Fagner, com sucessos como:

  • Baião (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira);
  • Xote das Meninas;
  • e São João na Roça (ambas de Luiz Gonzaga e Zé Dantas);
  • Olha Pro Céu (Luiz Gonzaga e José Fernandes);
  • Súplica Cearense (Gordurinha e Nelinho);
  • e Sangue Nordestino (Luiz Guimarães).

Ainda em 1984, o cearense lançou o álbum A Mesma Pessoa, com sucessos como:

  • Só Você (de Vinícius Cantuária);
  • Bola de Cristal e a faixa-título (ambas parcerias com Fausto Nilo).

Em 1985, lançou o disco Fagner – Deixa Viver, que conta com as canções:

  • Paroara (de Fagner, Fausto Nilo e Chico Buarque, com a participação de Chico);
  • Contra-mão (de Fagner e Belchior, com a participação de Cazuza);
  • e Te Esperei (de Gerbera e Capinan, com a participação de Beth Carvalho);
  • além de Semente, poema de Mário de Andrade musicado por Fagner.

Ainda em 1985, ao lado da banda Blitz e de Gonzaguinha, Fagner participou do 12º Festival Mundial da Juventude, realizado em Moscou.

Em 1986, comemorando o quinquagésimo aniversário da morte do poeta espanhol Federico García Lorca, a CBS lançou mundialmente o LP Poets In New York, com a participação de grandes nomes da música internacional. Chico Buarque foi convidado para fazer a versão em português do poema La Aurora (A Aurora) e Fagner compôs a melodia e interpretou a música.

Fagner – A Lua do Leblon

Também em 1986, o artista lançou o seu primeiro disco pela gravadora RCA, com o nome de Fagner – A Lua do Leblon. Entre as canções:

  • Telefone (de Fagner);
  • Como é Grande o Meu Amor por Você (de Roberto Carlos);
  • Forró do Gonzaguinha (de Gonzaguinha e com a participação do artista);
  • Dona da Minha Cabeça (de Geraldo Azevedo e Fausto Nilo);
  • e Sabiá (de Luiz Gonzaga e Zé Dantas).

Com este álbum, Fagner ganhou disco de platina. 

Já o álbum Romance no Deserto, de 1987, alcançou mais de um milhão de cópias vendidas e foi lançado também nos EUA. Entre as canções estão:

  • o super hit Deslizes (de Michael Sullivan e Paulo Massadas);
  • À Sombra de Um Vulcão e Paraíso Proibido (ambas de Fagner e Fausto Nilo);
  • Preguiça (de Gonzaguinha);
  • e Chorar é Preciso (de Moraes Moreira).

Romance No Deserto é uma versão de Fausto Nilo para a canção Romance In Durango, de Bob Dylan e Jacques Levy).

Também em 1987, Fagner e a atriz cearense Florinda Bolkan formam o casal de protagonistas da minissérie A Rainha da Vida, da TV Manchete. Fagner foi também responsável pela trilha sonora da história de 15 capítulos.

Em 1988, Fagner repetiu a parceria com Luiz Gonzaga, com o disco ABC do Sertão – Gonzagão e Fagner 2. Entre os sucessos:

  • ABC do Sertão;
  • Vem Morena;
  • Vozes da Seca;
  • e Noites Brasileiras (todas de Gonzagão e Zé Dantas e a última com a participação de Gonzaguinha).

Em 1989, Fagner lançou o disco O Quinze, que recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Álbum do Ano e vendeu mais de 500 mil cópias. Entre as canções:

  • Cidade Nua e Retrovisor (ambas de Fagner e Fausto Nilo);
  • As Dores do Mundo (de Hyldon);
  • e Tortura de Amor (de Waldick Soriano), além da participação de Chico Buarque, em Joana Francesa.

Mais sucessos nos anos 90

Em 1991, Fagner lançou o disco Pedras Que Cantam, que traz dois dos maiores sucessos de sua carreira: a faixa-título (de Dominguinhos e Fausto Nilo, que tornou-se a abertura da novela Pedra sobre Pedra) e Borbulhas de Amor (Tenho um Coração), versão adaptada da música Borbujas de Amor, do cantor dominicano Juan Luis Guerra.

O álbum também traz a clássica Cabecinha no Ombro (de Paulo Borges e com a participação de Roberta Miranda, que também entrou para a trilha da mesma novela).

A canção Somos Todos Índios (de Vinícius Cantuária e Evandro Mesquita) entrou para a trilha da minissérie Amazônia, da Rede Globo, no mesmo ano. O disco também traz a participação do grupo Roupa Nova, na faixa Rio Deserto (de Moraes Moreira e Beu Machado). O álbum ganhou disco de ouro.

Em 1993, Fagner lançou o disco Demais, em que revive os principais clássicos da Bossa Nova, com versões de canções como:

  • Eu Sei Que Vou Te Amar (de Vinicius de Moraes e Tom Jobim);
  • Minha Namorada (de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra);
  • Ronda (de Paulo Vanzolini);
  • João Valentão (de Dorival Caymmi);
  • Nunca (de Lupicínio Rodrigues); e
  • Dindi (de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira).

No ano seguinte, o artista lançou o disco Caboclo Sonhador, desta vez com clássicos do forró, com versões de canções como:

  • Falsa Folia (de Dominguinhos e Nando Cordel);
  • Baião da Garoa (de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil;
  • e Nos Tempos de Menino (de Maciel Melo)

Em 1995, Fagner participou – como artista plástico – de uma exposição no Espaço Cultural da Câmara dos Deputados, em Brasília. Passou a viver em Fortaleza e lançou o disco Retrato, que recupera canções do fim dos anos 1970, ainda não gravadas por Fagner, como:

  • Chorei Por Você (parceria com Fausto Nilo);
  • Distância (parceria com Guilherme de Brito) e Melhores Dias (com Abel Silva).

Em 1996, lançou o disco Pecado Verde, que traz:

  • a faixa-título (parceria com Nilo);
  • Apaixonadamente (de Francis e Stélio Valle);
  • Recusa (de Herivelto Martins);
  • Autonomia (de Cartola);
  • e Pra Quem Não Tem Amor (de Fagner e Abel Silva).

Em 1997, foi a vez de Terral, álbum que traz canções como:

  • a faixa-título (de Ednardo);
  • Volta, Morena (de João Lyra e Paulo César Pinheiro);
  • Forró Do Chic-tak (de Pinto do Acordeon e Aracílio Araújo, com participação de Elba Ramalho);
  • e o super hit em sua voz, Espumas Ao Vento (de Accioly Neto).

Em 1998, para comemorar os seus 25 anos de carreira, Fagner lançou o CD duplo e DVD Amigos e Canções, com participações de Angela Maria, Chico Buarque, Djavan, Emílio Santiago, Fábio Jr, Fafá de Belém, Ivan Lins, Joanna, Luiz Melodia, Milton Nascimento, Nana Caymmi, Ney Matogrosso e Zezé di Camargo & Luciano.

São regravações dos grandes sucessos de sua trajetória, além da inédita: Horas Azuis (parceria com Fausto Nilo).

Anos 2000

No ano 2000, foi inaugurada a Fundação Social Raimundo Fagner, que realiza trabalhos sociais e recebeu prêmios como o Itaú/UNICEF, Cultura Viva e Criança Esperança. No mesmo ano, o artista lançou o álbum Raimundo Fagner Ao Vivo, com mais regravações de sucessos consagrados de sua carreira.

Em 2001, foi a vez do disco Fagner, que traz parcerias do artista com:

  • Zeca Baleiro (Tempestade, Outra Era e A Tua Boca, essa última também tem Capinan como compositor);
  • com Cazuza (Olhar Matreiro);
  • com Abel Silva (Cor Invisível);
  • e com Fausto Nilo (O Vinho).

A canção Muito Amor (de São Beto) entrou para a trilha da novela Esperança.

A parceria de Fagner e Zeca Baleiro rendeu, em 2003, um álbum de estúdio e um DVD ao vivo, com o título Raimundo Fagner & Zeca Baleiro, além de uma série de shows pelo Brasil. Entre as canções de imenso sucesso:

  • Dezembros (dos dois artistas com Fausto Nilo, que entrou para a trilha da novela Da Cor do Pecado);
  • Hotel à Beira-mar e Balada de Agosto (ambas de Fagner e Baleiro);
  • e Palavras e Silêncios (de Zeca e Nilo).

Em 2004, Fagner lançou o disco Donos do Brasil, que traz o super sucesso Faz de Conta (de Roberto Mendes e Herculano Neto, que entrou para a trilha da novela Como Uma Onda), além de:

  • Todo Seu Querer (de Roberto Mendes e Capinan, que entrou para a trilha da novela Alma Gêmea);
  • O Bicho Homem e Esse Ouro Vale Tolo (de Fagner e Francisco Carvalho);
  • Nome de Estrela (de Fagner e Capinan);
  • e Donos do Brasil (parceria com Nonato Luiz e Paulinho Tapajós).

Também em 2004, o cearense lançou o DVD Raimundo Fagner Ao Vivo, com grandes sucessos de sua carreira.

Em 2007, o álbum Fortaleza destaca as canções:

  • a faixa-título e Amor e Utopia (ambas parcerias com Fausto Nilo);
  • Colando a Boca no Teu Rosto (de Mirabô Dantas e Capinan, com a participação de Zeca Baleiro);
  • e Fácil De Entender (de Jorge Vercillo, com a participação dele e de Paulo Façanha).

Em 2009, foi a vez do disco Uma Canção no Rádio, que traz canções como a faixa-título, parceria com Baleiro e com a participação dele, Martelo (de Oliveira Do Ceará, Adamar e Gabriel O Pensador, com a participação de Gabriel); e Farinha Comer, uma parceria de Fagner e Chico César.

E ele não pára!

Em 2011, Fagner foi considerado um dos 30 cearenses mais influentes do ano, de acordo com uma enquete realizada pela revista Fale!.

Em 2014, lançou o CD e DVD Fagner e Zé Ramalho Ao Vivo. Os dois artistas já haviam lançado algumas parcerias ao longo de suas carreiras, como Garrote Ferido e Filhos do Câncer, mas nunca tinham lançado juntos um disco completo. 

O álbum traz o registro ao vivo de shows realizados no Theatro Net Rio, onde a apresentação era dividida em duas partes. Na primeira, os dois músicos estão sozinhos com seus violões interpretando alguns de seus mais famosos trabalhos, como Asa Partida e Chão de Giz.

Em seguida, entra a banda para tocar outros sucessos, como Pedras que Cantam e Kamikaze. A produção é de Robertinho de Recife.

Também em 2014, Raimundo Fagner lançou o disco de inéditas Pássaros Urbanos, que traz canções como:

  • Versos Ardentes e Balada Fingida (ambas de Fagner e Fausto Nilo);
  • Toda Luz e Samba Nordestino (ambas parcerias com Zeca Baleiro e a última com a participação do artista);
  • e Paralelas (de Belchior).

Em 2020, o álbum Serenata traz uma seleção de serestas e clássicos da música popular, gravados originalmente por grandes vozes da Era do Rádio. A faixa-título (de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa) traz a colaboração especial de Fagner com Nelson Gonçalves, feita com ajuda da tecnologia, tendo como base a voz original da gravação que Nelson lançou em 1991. 

Além dela:

  • As Rosas Não Falam (de Cartola);
  • Serenata do Adeus (de Vinicius de Moraes);
  • Rosa (de Pixinguinha);
  • e Valsinha (de Chico Buarque e Vinicius de Moraes), além da sua famosa parceria com Belchior, Mucuripe.

Também em 2020, Fagner lançou – em formato digital e junto com Zeca Baleiro –  o disco Raimundo Fagner e Zeca Baleiro – Ao vivo em Brasília, 2002. A apresentação em Brasília foi descoberta por acaso e gerou o álbum ao vivo com 10 números do show e duas faixas-bônus gravadas em estúdio.

Em 2021, o cearense gravou um álbum em parceria com a cantora paraibana Elba Ramalho, chamado Festa, em que celebram a música de Luiz Gonzaga.

No ano seguinte, Fagner lançou um álbum em parceria com Renato Teixeira, que traz músicas das carreiras dos dois artistas que celebram a natureza.

Seu lançamento mais recente foi o álbum Meu Parceiro Belchior, em homenagem ao conterrâneo, amigo e parceiro.

Feliz aniversário, Fagner!

Por: Lívia Nolla

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