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Se não tivesse nos deixado em 2017, em decorrência de complicações provocadas por insuficiência renal crônica, um dos maiores sambistas da história do nosso país – Almir Guineto – completaria 77 anos de idade neste 12 de julho.

Você tem noção da importância de Almir Guineto para a história da música popular brasileira e – principalmente – do samba no nosso país? Então segue a thread (ou melhor, segue o fio, porque – afinal – somos brasileiros!) pra entender mais da contribuição que o cantor, compositor e instrumentista carioca nos deixou:

almir-guineto
Alimir Guineto. | Foto: Montagem/ Reprodução

1. “Eu nasci com o samba e no samba me criei!”

Almir Guineto nasceu e foi criado no Morro do Salgueiro, no Rio de Janeiro, em meio a uma família completamente ligada ao samba. Seu pai, Iraci de Souza Serra (o Seu Ioiô), era violonista, um dos fundadores do GRES Acadêmicos do Salgueiro (em 1953), e membro da ala de compositores da escola; e também integrava o grupo Fina Flor do Samba

Sua mãe, Nair de Souza (mais conhecida como Dona Fia), era costureira e componente dedicada da ala das baianas, uma das principais figuras da mesma agremiação que o marido. Seu irmão, Francisco de Souza Serra (ou Chiquinho) foi um dos fundadores dos Originais do Samba, e seu outro irmão, Lourival de Souza Serra (Louro ou Mestre Louro), foi o lendário mestre de bateria e que mais tempo esteve à frente da Furiosa, animada bateria da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.

Seu nome de nascimento é Almir de Souza Serra. O “Guineto” de seu apelido é uma derivação da palavra “magnata”, que evoluiu para “magneto” e, então, para “Guineto”.

2. Inovações no samba

Na década de 1970, Almir Guineto já era mestre de bateria e um dos diretores do Salgueiro, e fazia parte do grupo de compositores que frequentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, ele inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho (ideia revolucionária dele e do antigo companheiro do grupo musical Originais do Samba, o comediante Mussum). 

O instrumento híbrido, foi chamado de “banjo-cavaquinho” e adotado por vários grupos de samba até os dias de hoje. Almir destacou-se também pelo modo extremamente original de executar o instrumento, afinando-o à moda das últimas cordas do violão e palhetando-as velozmente, fazendo-as tremular conforme o suingue do repique de mão e do tantã.

3. Um Original do Samba no Fundo do nosso Quintal

Em 1979, o sambista mudou-se para a cidade de São Paulo, para tornar-se cavaquinista dos Originais do Samba. Lá, fez Bebedeira do Zé, sua primeira composição gravada pelo grupo, onde sua voz puxa o verso “Mas dá um tempo na cachaça, Zé/ Para prolongar o seu viver”.

Neste mesmo ano, uma das maiores cantoras e sambistas do Brasil, Beth Carvalho, gravou algumas composições de Guineto, como o imenso sucesso Coisinha do Pai (parceria com Jorge Aragão e Luiz Carlos), Pedi ao Céu (parceria com Luverci Ernesto) e Tem Nada Não (com Luverci Ernesto e Jorge Aragão). 

No início dos anos 80, Almir Guineto ajudou também a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de Samba É no Fundo de Quintal – primeiro LP do conjunto – e seguiu para carreira solo, onde conquistou fama com a premiação no Festival MPB-Shell, da Rede Globo, em 1981, em que interpretou o samba-partido Mordomia (de Ari do Cavaco e Gracinha). 

4. “E do danado do samba eu nunca me separei!”

A notoriedade de Almir Guineto como compositor e intérprete aumentaria ao longo daquela década de 80: Beth Carvalho gravou É, Pois, É (parceria de Almir com Luverci Ernesto e Luís Carlos), em 1981; À Luta, Vai-Vai! (parceria com Luverci Ernesto) e Não Quero Saber Mais Dela (parceria com Sombrinha), em 1984; Da Melhor Qualidade (com Arlindo Cruz) e Corda no Pescoço (com Adalto Magalha), em 1987. 

Alcione gravou Ave Coração (parceria com Luverci Ernesto), em 1981; e Almas & Corações (com Luverci Ernesto), em 1983. Jovelina Pérola Negra gravou Trama (parceria com Adalto Magalha), em 1987.  

Entre as principais composições de Almir Guineto e os principais sucessos em sua voz, destacam-se também as canções: Caxambu (de Bidubi, Élcio do Pagode, Zé Lobo e Jorge Neguinho), Lama nas Ruas (parceria de Almir com Zeca Pagodinho), Mel na Boca (de David Correia) e Conselho (de Adilson Bispo e Zé Roberto), todas lançadas pelo sambista em 1986; e Jibóia (de Vilani Silva “Bombril”), de 1985. 

5. Almir chegou em Marte!

Em 1997, Coisinha do Pai (parceria de Almir Guineto com Jorge Aragão e Luiz Carlos), foi programada pela engenheira brasileira da Nasa, Jacqueline Lyra, para acionar um robô norte-americano da missão Mars Pathfinder, em Marte. No ano seguinte, Almir Guineto compôs em parceria com Arlindo Cruz, Sombrinha e Xerife, o Samba de Marte, que relata a história da chegada de Coisinha do Pai em solo marciano.

Segue o fio: A importância de Almir Guineto!

Se não tivesse nos deixado em 2017, em decorrência de complicações provocadas por insuficiência renal crônica, um dos maiores sambistas da história do nosso país – Almir Guineto – completaria 77 anos de idade neste 12 de julho.

Você tem noção da importância de Almir Guineto para a história da música popular brasileira e – principalmente – do samba no nosso país? Então segue a thread (ou melhor, segue o fio, porque – afinal – somos brasileiros!) pra entender mais da contribuição que o cantor, compositor e instrumentista carioca nos deixou:

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Alimir Guineto. | Foto: Montagem/ Reprodução

1. “Eu nasci com o samba e no samba me criei!”

Almir Guineto nasceu e foi criado no Morro do Salgueiro, no Rio de Janeiro, em meio a uma família completamente ligada ao samba. Seu pai, Iraci de Souza Serra (o Seu Ioiô), era violonista, um dos fundadores do GRES Acadêmicos do Salgueiro (em 1953), e membro da ala de compositores da escola; e também integrava o grupo Fina Flor do Samba

Sua mãe, Nair de Souza (mais conhecida como Dona Fia), era costureira e componente dedicada da ala das baianas, uma das principais figuras da mesma agremiação que o marido. Seu irmão, Francisco de Souza Serra (ou Chiquinho) foi um dos fundadores dos Originais do Samba, e seu outro irmão, Lourival de Souza Serra (Louro ou Mestre Louro), foi o lendário mestre de bateria e que mais tempo esteve à frente da Furiosa, animada bateria da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.

Seu nome de nascimento é Almir de Souza Serra. O “Guineto” de seu apelido é uma derivação da palavra “magnata”, que evoluiu para “magneto” e, então, para “Guineto”.

2. Inovações no samba

Na década de 1970, Almir Guineto já era mestre de bateria e um dos diretores do Salgueiro, e fazia parte do grupo de compositores que frequentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, ele inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho (ideia revolucionária dele e do antigo companheiro do grupo musical Originais do Samba, o comediante Mussum). 

O instrumento híbrido, foi chamado de “banjo-cavaquinho” e adotado por vários grupos de samba até os dias de hoje. Almir destacou-se também pelo modo extremamente original de executar o instrumento, afinando-o à moda das últimas cordas do violão e palhetando-as velozmente, fazendo-as tremular conforme o suingue do repique de mão e do tantã.

3. Um Original do Samba no Fundo do nosso Quintal

Em 1979, o sambista mudou-se para a cidade de São Paulo, para tornar-se cavaquinista dos Originais do Samba. Lá, fez Bebedeira do Zé, sua primeira composição gravada pelo grupo, onde sua voz puxa o verso “Mas dá um tempo na cachaça, Zé/ Para prolongar o seu viver”.

Neste mesmo ano, uma das maiores cantoras e sambistas do Brasil, Beth Carvalho, gravou algumas composições de Guineto, como o imenso sucesso Coisinha do Pai (parceria com Jorge Aragão e Luiz Carlos), Pedi ao Céu (parceria com Luverci Ernesto) e Tem Nada Não (com Luverci Ernesto e Jorge Aragão). 

No início dos anos 80, Almir Guineto ajudou também a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de Samba É no Fundo de Quintal – primeiro LP do conjunto – e seguiu para carreira solo, onde conquistou fama com a premiação no Festival MPB-Shell, da Rede Globo, em 1981, em que interpretou o samba-partido Mordomia (de Ari do Cavaco e Gracinha). 

4. “E do danado do samba eu nunca me separei!”

A notoriedade de Almir Guineto como compositor e intérprete aumentaria ao longo daquela década de 80: Beth Carvalho gravou É, Pois, É (parceria de Almir com Luverci Ernesto e Luís Carlos), em 1981; À Luta, Vai-Vai! (parceria com Luverci Ernesto) e Não Quero Saber Mais Dela (parceria com Sombrinha), em 1984; Da Melhor Qualidade (com Arlindo Cruz) e Corda no Pescoço (com Adalto Magalha), em 1987. 

Alcione gravou Ave Coração (parceria com Luverci Ernesto), em 1981; e Almas & Corações (com Luverci Ernesto), em 1983. Jovelina Pérola Negra gravou Trama (parceria com Adalto Magalha), em 1987.  

Entre as principais composições de Almir Guineto e os principais sucessos em sua voz, destacam-se também as canções: Caxambu (de Bidubi, Élcio do Pagode, Zé Lobo e Jorge Neguinho), Lama nas Ruas (parceria de Almir com Zeca Pagodinho), Mel na Boca (de David Correia) e Conselho (de Adilson Bispo e Zé Roberto), todas lançadas pelo sambista em 1986; e Jibóia (de Vilani Silva “Bombril”), de 1985. 

5. Almir chegou em Marte!

Em 1997, Coisinha do Pai (parceria de Almir Guineto com Jorge Aragão e Luiz Carlos), foi programada pela engenheira brasileira da Nasa, Jacqueline Lyra, para acionar um robô norte-americano da missão Mars Pathfinder, em Marte. No ano seguinte, Almir Guineto compôs em parceria com Arlindo Cruz, Sombrinha e Xerife, o Samba de Marte, que relata a história da chegada de Coisinha do Pai em solo marciano.

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